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Comprend les noms: Djamila Ribeiro

Œuvres de Djamila Ribeiro

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Nom légal
Djamila Taís Ribeiro dos Santos
Date de naissance
1980-08-01
Sexe
female
Nationalité
Brazil
Pays (pour la carte)
Brazil
Lieu de naissance
Brazil
Prix et distinctions
Jabuti Award

Membres

Critiques

Uma pequena introdução à questão do lugar de fala, contextualizada dentro de uma série feminista e da luta anti-racista do movimento negro. A ideia de lugar de fala é colocada em relação à necessidade de perceber as especificidades dos discursos e dos problemas ligados a grupos precarizados. Estes grupos e indivíduos devem poder discursar do seu lugar (afirmando suas vivências) afim de revelar a necessidade de superar sua precarização. A autora parte da ideia de "feminist standpoint", para tratar como aspectos sociais aparecem nas falas de certos grupos, passando rapidamente pela formulação de lugar de fala de Spivak, criticando um quietismo ali e levantando a ideia da mulher negra como um outro do outro (um outro da mulher, que já seria um outro do homem, a partir das ideias de Simone de Beauvoir). Há indicações de leitura, notoriamente de Lélia Gonzales e Grada Kilomba (como não conheço, aliás, me pergunto se o uso infeliz de pós-moderno como xingamento vem da Kilomba; de toda forma, descontando isso, parece interessante). Como introdução, entretanto, acaba muitas vezes, por sua postura de certeza inabalável, sendo generalista demais e dando a impressão de discurso de autoridade, quando faz mais menções do que adentra problemas, ou quando dispensa de modo simplificado discussões que são complexas - como àquelas que se desdobram da crítica ao identitarismo ou metafísica da identidade (a ausência de uma incursão, mínima que seja, a Fanon, atesta a isso). Nisso o livro poderia muito mais ir em direção aos problemas e sugerir leituras e aberturas do que manter um tom de militância de suas certezas. Ademais, há uma estratégia de polarização branco x negro que retoricamente deixa de lado as questões, tanto de outras identificações (indígenas por exemplo), quanto da miscigenação e desdobramentos do mito da democracia racial brasileira (que também se desdobra na mistura entre status social e racialização). Esse jogo certamente facilita a colocação dos problemas, mas a custo de perder nuances bastante brasileiras.… (plus d'informations)
 
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henrique_iwao | 2 autres critiques | Mar 10, 2023 |
A intenção da coleção Feminismos Plurais é trazer para o grande público questões importantes referentes aos mais diversos feminismos de forma didática e acessível. Com o objetivo de desmistificar o conceito de lugar de fala, Djamila Ribeiro contextualiza o indivíduo tido como universal numa sociedade cisheteropatriarcal eurocentrada, para que seja possível identificarmos as diversas vivências específicas e, assim, diferenciar os discursos de acordo com a posição social de onde se fala. (edição revista em parceria com a Pólen Livros).… (plus d'informations)
 
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andreluizss | 2 autres critiques | Jun 28, 2022 |
Quem tem medo do feminismo negro? reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista CartaCapital, entre 2014 e 2017. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de "silenciamento", processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Foi apenas no final da adolescência, ao trabalhar na Casa de Cultura da Mulher Negra, que Djamila entrou em contato com autoras que a fizeram ter orgulho de suas raízes e não mais querer se manter invisível. Desde então, o diálogo com autoras como Chimamanda Ngozi Adichie, bell hooks, Sueli Carneiro, Alice Walker, Toni Morrison e Conceição Evaristo é uma constante.

Muitos textos reagem a situações do cotidiano – o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams - a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo, como Simone de Beauvoir.
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pretotecazenaidezen | Oct 7, 2021 |
Onze lições breves para entender as origens do racismo e como combatê-lo.

Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Em onze capítulos curtos e contundentes, a autora apresenta caminhos de reflexão para aqueles que queiram aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais e assumir a responsabilidade pela transformação do estado das coisas. Já há muitos anos se solidifica a percepção de que o racismo está arraigado em nossa sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito. Reconhecer as raízes e o impacto do racismo pode ser paralisante. Afinal, como enfrentar um monstro desse tamanho? Djamila Ribeiro argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.

* Prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências humanas.*
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pretotecazenaidezen | Oct 7, 2021 |

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