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Herberto Helder (1930–2015)

Auteur de Les cent pas

31+ oeuvres 257 utilisateurs 4 critiques

A propos de l'auteur

Comprend les noms: Herberto Helder, Herberto Hélder

Crédit image: Portrait of Herberto Helder by Frederico Penteado

Œuvres de Herberto Helder

Les cent pas (1997) 65 exemplaires
Photomaton & Vox (1995) 20 exemplaires
Le Poème continu (2001) 19 exemplaires
Poemas Completos (2015) 18 exemplaires
Poesia Toda (1981) 18 exemplaires
Poemas canhotos (2015) 12 exemplaires
Servidões (2013) 9 exemplaires
Letra aberta (2016) 9 exemplaires
Apresentacao do rosto (2020) 8 exemplaires
A Morte sem Mestre (2014) 8 exemplaires
Ofício Cantante: poesia completa (2009) 6 exemplaires
A Faca Não Corta o Fogo (2008) 6 exemplaires
O corpo o luxo a obra (2009) 5 exemplaires
As Magias (2010) 5 exemplaires
Doze nós numa corda (1997) 4 exemplaires
La Cuiller dans la bouche (1991) 3 exemplaires
Antología (1901) 3 exemplaires
Photomaton & vox 3 exemplaires
Do mundo (1994) 3 exemplaires
Poesia Toda 1 2 exemplaires
Cobra 2 exemplaires
Electronico-lírica 1 exemplaire
Vocacao animal 1 exemplaire
O bebedor nocturno 1 exemplaire
As Magias 1 exemplaire

Oeuvres associées

Lenin and Philosophy and Other Essays (1968) — Traducteur, quelques éditions446 exemplaires

Étiqueté

Partage des connaissances

Nom canonique
Herberto Helder
Nom légal
Helder de Oliveira, Herberto
Date de naissance
1930-11-23
Date de décès
2015-03-23
Sexe
male
Nationalité
Portugal
Lieu de naissance
Funchal, Portugal
Lieu du décès
Cascais, Portugal
Lieux de résidence
Funchal, Portugal
Coimbra, Portugal
Lisbon, Portugal
Prix et distinctions
Prémio Pessoa (1994) - which he refused

Membres

Critiques

Todos os grandes escritores criam uma língua própria; reinventam-na, tornando-a sua. Herberto faz isto – é obvio e largamente reconhecido. O seu uso da língua é voraz, ajaezado por uma imagética muitas vezes obsessiva, plena de justaposições improváveis, às vezes paradoxais, e inteligente ironia. Cada frase, cada parágrafo, arde intensamente em mato seco, cerrado, esgotando o oxigénio em seu redor, deixando por vezes o leitor sem ar. Não se trata obviamente de uma escrita de mancebo, que se esmera em adjetivos delicodoces e exclamações extemporâneas, para melhor veicular o seu ardor. É uma opção estética perfeitamente consolidada e eficaz, embora, como tudo, possa ser contestada ou pouco amada, mas nunca, nunca menosprezada. Constato que este estilo diverge dos atuais gostos por uma escrita leve e escorreita, mais fácil. As capacidades de leitura em apneia estão talvez diminuídas. Herberto Hélder é simultaneamente uma fornalha de solidão, que queima cigarro atrás de cigarro à janela, num delírio existencialista; o impostor que engana subtilmente o horror da vida comprazendo-se com a frescura de um copo de cerveja num bar de Bruxelas ou Antuérpia, mesmo quando lá fora estão 13 graus negativos, e a sua roupa fumega diabolicamente no interior; o desesperado que avança as mãos por entre as pernas da sua companheira de ocasião; o vagabundo surrealista sempre à procura de uma casa de luz acesa que nunca aparece.… (plus d'informations)
 
Signalé
pedro.rondulha.gomes | 1 autre critique | Apr 25, 2024 |
Quando julgava eu que mais à vontade tinha com a obra poética de Herberto Helder, eis que me vejo quase que na situação inicial de espanto, sem saber de facto que opinião ter. Agora a poesia é prosa, prosa poética que traça mais caminhos que as frases soltas da poesia de Helder; mas nesse mapa com mais caminhos, a sensação paradoxal é a que é mais fácil nos perdermos por entre a floresta de palavras.

Nem todos os textos aqui reunidos têm a mesma qualidade. Alguns há que parecem realmente tocar aspetos concretos da vida (ou vidas) do poeta, outros como que divagações, e um aqui e outro além que parecem ter sido escritos de forma pouco inspirada.

Seja como for, e dada a posição em que me encontro, a de me ver mais como turista a percorrer as ruas de uma cidade que mal conheço e da qual só tenho opiniões superficiais, pouco do que diga reflete realmente a qualidade da arte da perspectiva do autor. O que quero dizer é que, apesar de me permitir a estes curtos comentários sobre o que me restou da leitura deste livro, estes meus comentários refletem apenas o meu olhar ao olhar essas paisagens que Herberto Helder ali me oferece—e só vejo o que vejo só. Passo tão rápido que mal me sobra tempo para no que vejo descobrir mais do que ali se me oferece nesse primeiro olhar.

De qualquer das formas, e posto perante a possibilidade de recomendar a leitura destes “Passos em Volta”, teria algumas reservas em o fazer. Apontaria a direção doutros livros mais curtos, talvez mais emblemáticos do estilo característico do autor. Se este fosse o único livro de Helder disponível numa biblioteca, dele apenas recomendaria a leitura de um ou outro texto (Escadas e metafísica, Aquele que dá a vida). Isto é: pelo menos por agora, acabado que estou de chegar de viagem dessoutra viagem que foi viajar pelas paisagens surreais deste poeta.
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Signalé
adsicuidade | 1 autre critique | Sep 8, 2018 |

Não sei o que dizer. Não sei o que comentar. Não sei o que li nem o que pensar. Se este fosse o único livro de Herberto Hélder a que tivesse acesso e que me fosse dada a oportunidade de ler, não ficava com grande opinião sobre o poeta. Quero com isto dizer que não me sinto competente para criticar esta obra, estando confinado a uma opinião superficial e imediatista. Que sobra então?

Gostei eu de ler esta coletânea? Acho que não; não gostei. Mas ao afirmar que não gostei, não quero com isso dizer que desgostei. Na verdade, creio que a sensação que mais destaco após ter lido este livro é a da indiferença. Não me pesou; mas não também não me enriqueceu—não agora, pelo menos.

Se me pedissem para resumir a minha opinião numa possível recomendação desta coletânea, o mais certo é que me abstivesse de o fazer. Não recomendo, portanto; mas apenas por não me sentir capaz de a expressar numa opinião fundamentada.

Sobra pelo menos isto: o livro é curto, como curtos são os poemas. Ou seja, havendo tempo e curiosidade para conhecer este poeta, pouco sacrifício se nos exige para que possamos ter um contato direto com esta pequena parte de sua obra. Leva pelos menos esse tanto de positivo.
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Signalé
adsicuidade | Sep 8, 2018 |
Tendo lido Herberto Helder pela primeira vez há dias, agora me vendo perante outro livro deste mesmo autor, já me sinto um pouco mais confortável para opinar sobre aquilo que lhe leio.

O que então saliento é o quanto a sua poesia diz precisamente por não dizer. As frases não desenham caminhos num mapa, apenas apontam a direção. Cada verso é um gesto que furtivamente indica. Ou seja, não pede a sua escrita uma leitura analítica, mecânica, de querer encontrar peças que encaixam, e que se obrigam a girar contíguas. Não; a chave, parece-me, é deixar-se levar pela intuição bruta da primeira impressão. Daí que o gesto seja furtivo. Se se pensa que se viu o dedo a apontar, de novo olhando o dedo já ali não está.

Que sobra então? Não um roteiro, mas a impressão de haver feito o caminho. Sem saber como, nem sempre, por vezes abrimos os olhos e vemos o retrato que Helder nos oferece. Isso dá-nos o conforto de saber nos sabermos levados na direção que se manifesta a espaços. E é assim, aos poucos, que aos poucos nos vamos indo, caminhando, através de páginas que à primeira vista pouco ou nenhum sentido parecem conter.

Ler Herberto Helder é, portanto, um grande desafio. Mas, ainda que a espaços, a satisfação de se deixar indo, descobrindo, tem o seu quê de peculiar que faz com que a experiência tenha grande valor. Serve isto assim para dizer que, apesar da dificuldade inerente de ler uma obra deste autor, é possível defender a sua leitura. Ou seja, apesar de necessária superficialidade desta minha opinião, sinto-me seguro em recomendar a sua leitura. Até porque, no pior das hipóteses, sendo este, como outros livros do mesmo autor, tão curto, no curto tempo de ler um livro tão curto como este se fica a conhecer mais um autor. Quando tão pouco se tem a perder, porque não arriscar?
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Signalé
adsicuidade | Sep 8, 2018 |

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Évaluation
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