1ª impressão: esta é uma obra muito bem escrita, de leitura agradável, entusiasmante até, bem estruturada em capítulos relativamente pequenos em torno de um tópico específico, respeitando a narrativa cronológica.
2ª impressão: é evidente que o autor sendo quem é, tem amplos conhecimentos sobre o assunto da sua narrativa, mais conhecimentos do que qualquer historiador que não tenha vivido estes acontecimentos, pois WSC não só os viveu como foi um dos principais actores deste drama. Se é possível escrever a história militar do conflito, até de modo mais profundo e pormenorizado, sem recorrer a esta obra, já a história política desta época é subsidiária de WSC.
3ª impressão: trata-se, assumidamente, de uma visão pessoal dos acontecimentos, no entanto honesta. WSC é, confessadamente, anti-comunista, porém, se a sua escrita não pode ser classificada como isenta, não haja dúvidas da sua exactidão e correcção.
4ª impressão: esta visão da guerra tem o seu quê de chocante. É a experiência de alguém que atravessou toda a guerra mergulhado em conforto, boa comida, ar condicionado, bons alojamentos, etc. e nunca esteve perto do perigo nem cheirou o odor dos cadáveres. Por vezes, parece que a guerra não é para WSC mais do que um jogo viciante.
5ª impressão: apesar de ser declaradamente conservador e não gostar do socialismo, WSC descreve como durante a guerra teve de ajudar a montar uma economia socialista, por exemplo, como o esquema de reparações aos proprietários dos edifícios bombardeados. Claro que nunca confessa que a economia de guerra britânica é, na sua essência, socialista quase comunista.
6ª impressão: os capítulos dedicados ao pré-guerra e ao pós-guerra são muito interessantes. Estes capítulos são resumos notáveis onde consta tudo quanto é pertinente para a compreensão da história nestes períodos. Toda a história de 1918 a 1955está bem resumida nesta obra. Evidentemente que a tónica centra-se nos anos de 1939 a 1945.
7ª impressão: no capítulo sobre a bomba atómica WSC não alinha com a explicação tradicional que foi a bomba que levou o Japão à rendição. Deixa a impressão que a bomba foi um excelente pretexto, mas que podia haver outras razões mais prementes para o Japão. Não o afirma, mas também não invalida que a declaração de guerra da URSS ao Japão no dia 8 de Agosto de 1945 seja essa razão.
Conclusão: esta é a melhor obra que li até à data sobre a II GM! Gostei especialmente por ter o cunho especial de quem nela teve um importante papel, logo conter as suas ideias e opiniões, mas ser factualmente correcta. ( )

Enquanto primeiro ministro da Grã-Bretanha entre 1940 e 1945, Winston Churchill não só foi o maior líder da II Guerra Mundial mas também a voz desafiadora mais eloquente do mundo livre contra a tirania nazi. Os relatos épicos de Churchill desses tempos, extraordinários pela acutilância, são aqui reunidos num único volume. Esta obra vital e reveladora retém o drama, os detalhes observados em primeira mão e a prosa magistral dos seus clássicos 6 volumes de história, oferecendo uma valiosa perspectiva de eventos fulcrais do século XX.
A história de Churchill da II Guerra Mundial é, e será, a obra definitiva. Lúcido, dramático, extraordinário, quer pelo seu fôlego e profundidade, quer pelo seu sentido de envolvimento pessoal, este livro é universalmente reconhecido como uma magistral reconstrução histórica e uma duradoura obra de literatura. ( )