AccueilGroupesDiscussionsPlusTendances
Site de recherche
Ce site utilise des cookies pour fournir nos services, optimiser les performances, pour les analyses, et (si vous n'êtes pas connecté) pour les publicités. En utilisant Librarything, vous reconnaissez avoir lu et compris nos conditions générales d'utilisation et de services. Votre utilisation du site et de ses services vaut acceptation de ces conditions et termes.

Résultats trouvés sur Google Books

Cliquer sur une vignette pour aller sur Google Books.

Coleção The New Yorker Cartoons: Gatos par…
Chargement...

Coleção The New Yorker Cartoons: Gatos (édition 2009)

par Sérgio Augusto

MembresCritiquesPopularitéÉvaluation moyenneDiscussions
932,002,035 (5)Aucun
Membre:oleitorvoraz
Titre:Coleção The New Yorker Cartoons: Gatos
Auteurs:Sérgio Augusto
Info:
Collections:Votre bibliothèque, En cours de lecture
Évaluation:*****
Mots-clés:Sérgio Augusto, cartoons

Information sur l'oeuvre

Coleção The New Yorker Cartoons: Cachorros par Varios Autores

Aucun
Chargement...

Inscrivez-vous à LibraryThing pour découvrir si vous aimerez ce livre

Actuellement, il n'y a pas de discussions au sujet de ce livre.

3 sur 3
Site do Livro: http://www.newyorkercartoons.com.br/terapia.asp

O cenário raramente muda: quase sempre, um consultório, com o analisando deitado num divã e o terapeuta sentado ao lado (ou atrás), apenas ouvindo ou fazendo anotações num caderninho. Desde Freud é assim. Ou assim já seria desde o tempo em que Édipo ainda não era um complexo, a julgar pelo vaso grego que Anatol Kovarsky desenhou para a última edição da New Yorker de 1956.

Ainda que diversos artistas (Whitney Darrow Jr., Chon Day, Mischa Richter, Frank Modell, Leo Cullum, Christopher Weyant, Peter Porger, Robert Mankoff, Victoria Roberts, Alex Gregory) tenham rompido com a canônica figura do analista calvo, de barbicha e óculos, o estereótipo costuma predominar nos cartuns da revista – mas não quando a sessão é confiada a um terapeuta do reino animal. Geralmente a um cachorro, cujo faro para os mistérios da psique parece desconhecer competidores entre os quadrúpedes.

Com duas pernas ou quatro patas, o terapeuta padrão dos cartuns da New Yorker fala tanto quanto ouve. Nem sempre de forma inteligível, abusando do jargão psicanalítico e complicando ainda mais a cabeça dos analisandos; dando, enfim, razão ao dramaturgo americano S.N. Behrman, que parece ter sido o primeiro a notar que o principal objetivo da psicanálise é fazer com que as pessoas bastante simples se sintam complexas. Mas certamente menos complexadas quando sacam que o analista não regula muito bem. Mankoff nos apresentou a um terapeuta dessa estirpe. O sujeito era tão assumidamente complicado que, por via das dúvidas, só atendia sua clientela deitado num divã, coladinho ao do
analisando.

Freud, Jung & cia. fi cariam horrorizados com o que volta e meia acontece nos consultórios da New Yorker. Não me refi ro apenas aos enfarados analistas que nem prestam mais atenção no que seus analisandos dizem, preferindo o som de um walkman (o iPod dos anos 1980), ou aos mercenários que só pensam em dinheiro, contando no relógio os minutos que faltam para a sessão chegar ao fim, mas sobretudo aos que não impõem limites, vale dizer, não reprimem seu instinto homicida, adotando catapultas e alçapões para mais rápida e eficazmente livrar-se de pacientes indesejáveis. Quando não os estrangulando, como se viu num desenho de Eldon Dedini, publicado em 1959.

Num cartum de William Steig, analista e analisando, mutuamente entediados, acabam se entregando aos braços de Morfeu. Melhor isso, sem dúvida, que surpreender o analista fazendo caretas para o analisando, como já aconteceu num cartum de Frank Modell. Algo parecido se passou numa das inúmeras gozações de Whitney Darrow Jr. à psicanálise e seus efeitos na alta sociedade nova-iorquina. Pioneiro no gênero desde os anos 1940, Darrow acompanhou a febre psi dentro e fora dos consultórios. Como viveu muito (por míseros doze dias não se tornou centenário em 1999), pegou até o frisson provocado pelo Prozac e outros antidepressivos que viraram moda no final do século 20.

No divã os adultos são maioria absoluta. Adulto é modo de dizer; alguns nunca deixaram a adolescência ou mesmo a infância. Paranóicos, edipianos, maníaco-depressivos, hipocondríacos, pantofóbicos, escatológicos, ladrões de identidade – quase todo o espectro da psicopatologia está representado nesta coletânea. Com pelo menos um adendo insólito: a múmia de um faraó, quem sabe uma homenagem ao apreço de Freud por quinquilharias do Antigo Egito.

Apesar da fama de “perversos polimorfos”, as crianças freqüentam muito pouco os consultórios. Seus analistas preferidos são amiguinhos que encontram na rua, na escola e nos parques. Os bichos, por sua vez, à exceção de uma preguiça de Alex Gregory, só são vistos no laico confessionário de um terapeuta, boa parte deles traçada por Leo Cullum, cuja fértil imaginação já deitou num divã aves e mamíferos de pequeno e grande porte. E como quem leva ao psicanalista galinhas e elefantes é capaz de tudo, Cullum não surpreendeu ninguém ao levar um ovo, em 2006. Não um ovo qualquer, mas o Humpty Dumpty de Lewis Carroll. Que já chegou à sessão literalmente um caco.

Ver outros livros da coleção: http://www.newyorkercartoons.com.br/cachorros.asp e http://www.newyorkercartoons.com.br/gatos.asp ( )
  oleitorvoraz | May 12, 2009 |
Site do Livro: http://www.newyorkercartoons.com.br/gatos.asp

Sim, eles são bem diferentes dos cachorros. Arredios, introvertidos, avessos a manifestações intensas de apreço pelo ser humano, só quando lhes apraz pedem e oferecem carinho, em geral enroscando-se nas nossas pernas, a ronronar e ondular lentamente o rabo, se satisfeitos com o cafuné. Bajular é um verbo ausente do dicionário dos gatos. Independentes e rebeldes por natureza, só fazem o que querem – e quando querem.

“Se você pretende conquistar o mundo, não conviva com um animal que se recusa a ser conquistado por quem quer que seja”, recomendou o zoólogo Desmond Davis, referindo-se aos felinos, mas não sei se pensando em Hitler e Alexandre Magno, dois notórios elurófobos, que é a maneira mais chique, mais New Yorker, de dizer felinófobo.

Os gatos foram deuses no Antigo Egito e filósofos em outra encarnação. Montaigne, que muito duvidava da suposta superioridade do homem sobre os bichos, acreditava que os gatos trocavam idéias entre si. Altas idéias, diga-se. Até em chinês.

Desde sua primeira aparição na New Yorker – num cartum de John Held Jr., publicado na edição de 17 de outubro de 1925, com cinco siameses se estranhando num beco de Chinatown – o gato nunca perdeu o posto de segundo maior xodó do reino animal. O primeiro sempre foi o cachorro, beneficiado pela milenar fama de “o melhor amigo do homem”
e, sobretudo, pelo fato de as pessoas gostarem mais de ficção que de versos. Cachorro é prosa, gato é poesia.

Praticamente todos os gênios gráficos da New Yorker – de Peter Arno e Saul Steinberg a Sam Gross e George Booth – bolaram um gato, explorando essa ou aquela faceta de sua índole, esse ou aquele aspecto de sua personalidade, esse ou aquele traço fisionômico marcante. Na vasta bicharada da revista, há gatos de todos os tipos, de todas as raças: aristocráticos e vagabundos, urbanos e rurais, afetuosos e distantes, rueiros e caseiros, geniosos e matreiros, vaidosos e gozadores, narcisistas e vingativos, gordos, magros, orelhudos – sedutores, sempre.

E, por instinto, exímios caçadores. Basicamente de ratos, camundongos e pássaros. Mas seu perfil Tom tem mais valor de mercado que seu perfil Frajola. Quando procuram emprego (num cartum, claro), logo perguntam por suas referências como caçadores de ratos. Para eles, montar guarda diante de um buraco no rodapé de uma parede é incomparavelmente mais divertido do que assistir a um programa de televisão, ver um filme ou jantar fora, preferência que Sam Gross, Tom Cheney e Mick Stevens exploraram de forma magnífica.

Os gatos matam de inveja os cachorros com sua incrível habilidade para saltar, escalar e jamais cair ao solo de lado, de barriga para cima ou de cabeça para baixo. Por essas e outras, costumam esnobar seus maiores rivais, tratando-os como criaturas inferiores, até no paladar. “Você comeria comida de gato, mas eu nem encostaria numa comida de cachorro”, comenta um gato de Sidney Harris, no balcão de um bar, enquanto almoça com um...“inferior”.

Preguiçosos e pachorrentos, dormem tanto (média de vinte horas por dia) que podem até dar a impressão de que adoeceram ou morreram, situação que o sempre mórbido Gaham Wilson não resistiu à tentação de transformar em cartum em 1987. Porque são indolentes (ou lânguidos e sensualistas, como preferem qualificá-los os seus mais refinados
admiradores), fizeram de sofás, poltronas, almofadas e gavetas os seus refúgios domésticos favoritos. E não apenas para tirar uma soneca. Afi ar as unhas em estofados é um dos maiores prazeres do gato. Há cinco cartuns neste livro (assinados por Tom Cheney, Sam Gross, Mike Twohy, David Cipress e William Haufeli) dando conta dessa idiossincrasia.
E um sexto, de Gaham Wilson, demonstrando que, na falta de um estofado, um bem torneado pedaço de madeira serve, mesmo que seja a perna-de-pau de um pirata de maus bofes, como Long John Silver.

Mas nada se compara a um bom estofado. No céu dos gatos há uma poltrona para cada felino contemplado com a vida eterna, insinua um cartum de Cheney. E como todo gato vai para o céu, haja poltrona.

Ver outros livros da coleção: http://www.newyorkercartoons.com.br/cachorros.asp e
http://www.newyorkercartoons.com.br/terapia.asp ( )
  oleitorvoraz | May 12, 2009 |
Site do Livro: http://www.newyorkercartoons.com.br/cachorros.asp

Eles latem mas não mordem. Eles ladram e a caravana passa. Eles andam de limousine, freqüentam bar, restaurante, analista e tribunais, conversam entre si (e com outros animais, até com gatos), vestem-se a rigor para ir à rua, dirigem empresas, fazem jogging e esteira com seus donos, fumam, bebem, lêem livros, navegam na internet e circulam pela blogosfera. Como são versáteis os cachorros da New Yorker! Muito mais versáteis do que Lassie, Rin-Tin-Tin, Capeto, Benji e Marley.

Ok, Snoopy é assaz versátil, quase (com perdão da palavra) humano, mas até hoje só entre os cartuns da New Yorker encontrei um cachorro blogueiro. Ou melhor, ex-blogueiro, pois, desencantado com a Web.2, preferiu voltar a se comunicar com o resto do mundo só por latidos.

Por falar em Marley, quando seu inventor, John Grogan, nasceu, já fazia trinta e dois anos que um cão debutara nas páginas da New Yorker. Mais especificamente num cartum de Leo Kober, publicado na edição de 26 de setembro de 1925. Estréia nada auspiciosa. Não pelo cartum em si – Kober era um craque no métier –, mas pela cadela que o protagonizava: uma vira-lata acostumada a comer pedaços de orelha humana. Ainda está para nascer um cachorro gourmet (gourmands todos são, exceto os galgos), mas Kober exagerou.

Com o passar do tempo, o cachorro voltou a ser, na revista, o melhor amigo do homem, seu mais fi el companheiro. Com uma e outra, mas poucas, exceções. Em 1988, James Stevenson criou um cachorro vingativo que defenestra os chinelos de seu amo do alto de um arranha-céu. Três anos depois, Danny Shanahan juntou dois nerds caninos empenhados em zonear a área de trabalho do desktop da casa. Também em 2001 Pat Byrnes nos apresentou a um descendente direto da onívora cadela de Kober, que não hesitaria, numa emergência, comer o próprio dono.

A propósito, que gosto tem a carne humana? “De frango”, assegura um retriever de Leo Cullum a um dálmata que encontrou no Central Park. Os cães de Cullum, aliás, conversam “pra cachorro”. E sobre uma gama aparentemente infinita de assuntos: da inutilidade dos adestradores ao melhor projeto para uma casa (de cachorro, bem entendido), passando por esta sábia observação sobre as limitações do e-mail: “Este é o problema do correio eletrônico: não tem carteiro pra gente morder.” Saem muito para beber como gente grande, sem abrir mão de suas preferências: uísque, só com água de vaso sanitário.

James Thurber foi o maior fã de cachorros da revista. Não se cansava de desenhá-los e inventar-lhes histórias e traquinagens, quase sempre inspiradas em suas experiências com a espécie. Cães inesquecíveis também criou Steinberg, em tudo o oposto dos rebuscados e pulguentos vira-latas de George Booth e dos sinistros bulldogs de Gaham Wilson. Shanahan imortalizou duas cadelas frustradas pela falta de “bons partidos” na praça e pela má reputação da palavra “cadela”, sinônimo de prostituta em praticamente todos os idiomas conhecidos.

Por mais que às vezes pareçam interesseiros (ou que outra qualificação mereça ter o cão de Mike Twohy que imagina sua dona transformada numa lata de ração) e egocêntricos (a ponto de durante um assalto só se preocuparem com sua vasilha de comida), eles são, de modo geral, extremamente dedicados a quem lhes dá abrigo, afeto, comida e o melhor espaço na cama. Se preciso for, até pegam no colo o dono que adormeceu diante da televisão e o colocam no leito, como já fez um bem nutrido labrador de Bernard Schoenbaum.

Consideram-se radicalmente diferentes dos gatos, e orgulham-se disso. Rogam praga aos felinos, intrigam-nos com outros animais, fazem pouco de seu suposto desinteresse por uma série de admirações e fixações caninas (como correr atrás do carteiro ou apreciar a arquitetura de Frank Gehry) e não perdem uma oportunidade de recriminar sua pouca expansividade, como se os gatos fossem capazes de sacudir o rabo freneticamente toda vez que seu dono chega em casa.

Os cachorros da New Yorker não primam apenas pela versatilidade, são também neuróticos e, acima de tudo, adoráveis. Num concurso de fofura, os beagles de Charles Barsotti talvez arrebatassem o Osso de Ouro. Se bem que os labradores e retrievers de Cullum, com seu olhar de mormaço, não ficam muito atrás.

Outros Livros da Coleção: http://www.newyorkercartoons.com.br/gatos.asp e http://www.newyorkercartoons.com.br/terapia.asp ( )
  oleitorvoraz | May 12, 2009 |
3 sur 3
aucune critique | ajouter une critique
Vous devez vous identifier pour modifier le Partage des connaissances.
Pour plus d'aide, voir la page Aide sur le Partage des connaissances [en anglais].
Titre canonique
Titre original
Titres alternatifs
Date de première publication
Personnes ou personnages
Lieux importants
Évènements importants
Films connexes
Épigraphe
Dédicace
Premiers mots
Citations
Derniers mots
Notice de désambigüisation
Directeur de publication
Courtes éloges de critiques
Langue d'origine
DDC/MDS canonique
LCC canonique

Références à cette œuvre sur des ressources externes.

Wikipédia en anglais

Aucun

Aucune description trouvée dans une bibliothèque

Description du livre
Résumé sous forme de haïku

Discussion en cours

Aucun

Couvertures populaires

Vos raccourcis

Genres

Aucun genre

Évaluation

Moyenne: (5)
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
5 1

Est-ce vous ?

Devenez un(e) auteur LibraryThing.

 

À propos | Contact | LibraryThing.com | Respect de la vie privée et règles d'utilisation | Aide/FAQ | Blog | Boutique | APIs | TinyCat | Bibliothèques historiques | Critiques en avant-première | Partage des connaissances | 206,557,253 livres! | Barre supérieure: Toujours visible