Pequeno tratado sobre os sentidos e o sensível. O olho, antes de ser dominado pelo fogo, o é pela água, e a luz é a causa eficiente da visibilidade, seu agente. O tato é dominado pela terra (e o paladar é uma espécie de tato), a audição pelo ar. As qualidades que atualizam as potencialidades sensíveis da visão e do paladar são compostas por opostos, com justaposição ou mistura de suas partículas sensíveis (mas pequenas demais para serem notadas por nós) em diferentes razões, algumas até impossíveis de serem matematizáveis (!), resultando nos diferentes fenômenos correspondentes a cada um dos sentidos. De toda forma, essas pequenas partes não são matemáticas, pois isso significaria serem puramente abstratas e quantidades não sensíveis, o que leva ao absurdo - cores são qualidades (!). Para a visão os opostos são preto e branco; para o paladar doce e amargo; para o cheiro há algo análogo, mas com considerações sobre umidade e secura para a transmissão deste. E aliás, é impossível ter um objeto que esteja na fronteira do invisível e visívil, que é uma fronteira indivisível, que seja indivisível, pois se não este seria ao mesmo tempo visível e invisível, o que é um absurdo. ( )

A basic, straightforward, and short Aristotelian text. It is quite interesting what he divines about his subject matter. ( )