O livro de Anscombe investiga o que é a intencionalidade, quando ainda não haviam grandes teorias sobre o assunto e encaminha o problema para a ideia de que ações intencionais devem poder responder satisfatoriamente à pergunta de sua razão. Assim, a intencionalidade vê-se enredada no jogo que será dito o de dar e pedir razões e suas extensões para os não falantes, desde que antes disso nós já possuamos toda a articulação conceitual que a pergunta "por que?" ocasiona. De todo modo a intenção também está ligada ao âmbito da ação, e liga as ações à possibilidade de perguntar sobre o porquê de elas terem sido feitas ou planejadas para serem realizadas. O que é difícil no livro é que é fácil se perder nos diversos exemplos mundanos ou nem tanto, mas que partem de uma análise da linguagem ordinário. A influência de Wittgenstein é patente e talvez a partir dela exista uma relutância em determinar o que deve ser entendido como os pontos principais e para onde a argumentação está indo que, apesar de trechos muito interessantes, tirou-me um tanto do interesse. ( )