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Chargement... Mito da Beleza: Como as Imagens da Beleza São Usadas...
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Os livros escolhidos por Emma Watson nos últimos meses vem sendo exemplares, com O Conto da Aia e O Mito da Beleza, de livrinhos meia boca ela passou para tiro-porrada-e-bomba. Ainda bem, pois finalmente fui incitada a ler este clássico da Naomi Wolf que toda mulher REALMENTE deveria ler.
O Mito da Beleza: neste primeiro capítulo a autora mostra que depois da segunda onda feminista que tirara a aura doméstica da mulher, o mercado teve que criar o mito da beleza para que a mulher gastasse em cirurgias plásticas, cosméticos e dietas.
O segundo capítulo, Trabalho, busca enfatizar o quanto é cobrada a aparência na mulher num ambiente de trabalho, sempre com a dualidade se você se arruma está pronta para ser assediada e se você está casual os clientes masculinos não te aceitarão, colocando a situação num beco sem saída e te condenando apenas por ser mulher. Há citação de vários casos jurídicos cuja decisão sempre foram contra as mulheres e a favor dos homens, por mais absurdas que sejam as situações.
O terceiro capítulo, Cultura, explana as consequências do mito da beleza na midia, desde a prevalência da manipulação da indústria de cosméticos em revistas femininas, passando pela indústria da pornografia e a hoje já defasada "concorrência" feminina.
O quarto capítulo, Religião, discorre como as mulheres quase se libertaram do dogmatismo inferiorizante das religiões patriarcais para deslocarem sua subserviência nas seitas do vigilantes do peso, produtos para a pele e cirurgias estéticas. Se eu ainda não estava apaixonada pela Naomi Wolf até então, foi a partir deste capítulo que me entreguei.
O quinto capítulo, Sexo, trata da cultura de estupro, da indústria pornográfica, e como o mito da beleza, a donzela de ferro, impede o desenrolar sexual das mulheres, evidenciado que somos criadas para sermos desejadas, mas nunca nos ensinam a desejar.
O sexto capítulo, Fome, dá ênfase de como a anorexia e bulimia cresceram a medida que as mulheres foram conquistando seu espaço além do lar, a autora denuncia a forma de uma escravidão doméstica sendo trocada pela escravidão da beleza e como com o passar das décadas desde os anos 20 a massa corpórea das mulheres vem diminuindo exponencialmente - isso porque ela escreveu esse livro no auge das supermodels como Cindy Crawford e Claudia Schiffer que eram magras mas muito mais voluptuosas do que veio a seguir com modelos fazendo da esqualidez um ícone da beleza digno de campo de concentração.
O sétimo capítulo, Violência, trata das intervenções cirúrgicas invasivas como lifting, lipoaspiração, rinoplastia e principalmente cirurgia nos seios com as mulheres encontrando problemas em seus corpos que na realidade não possuem problema algum, a autora chega a comparar tais rituais impostos pela indústria da beleza às mulheres aos conceitos eugenistas, onde uma pessoa normal é tida como um desvio.
O capítulo conclusivo, Para além do mito da beleza, discorre sobre métodos de resistência à indústria da beleza institucionalizada e o quanto nos longínquos anos 90 os homens estavam sendo enveredados pelo mesmo caminho.
Livrão, hein. ( )