En estos ensayos, escritos hace más de veinte años, E.M. Cioran cuestiona la historia como único relato válido de la realidad, desmitifica el Progreso en nombre del que se ha cometido tantas vilezas y abusos y se pregunta por el sentido de las utopías que posibilitan la vigencia de las instituciones y parecen calmar la sed de absoluto inherente al hombre. Con la marginalidad a la que este autor nos tiene acostumbrados, con su tono lúcido y desengañado, que constituye su principal fuente de independencia frente a cualquier corriente de pensamiento, y huyendo de cualquier sistema o teoría que pretenda un análisis de la realidad histórica contemporánea, Cioran señala simplemente las paradojas inherentes al ser humano y a la sociedad y, con su característica ironía, nos previene contra las ilusiones que sobre nosotros mismos nos hacemos en relación a nuestra participación en la Historia y el Devenir.

Muito do que disse em uma outra review minha de Cioran se aplica aqui. Tenho pouco a adicionar além daquilo, fora algumas impressões (expressas de maneira um pouco vaga):

1) Esses textos mostram um Cioran muito mais violento e rancoroso (pelo pouco que li de sua obra).

2) As convicções deste Cioran são muito menos generalizáveis que as convicções do Cioran dos Syllogismes; são, no entanto, um pouco mais simpatizáveis a nível pessoal.

3) Esse Cioran é muito mais profético e sacerdotal em tom (especialmente nos dois últimos ensaios); ele mantém, ainda sim, o seu dom de expressar trivialidades ou enormes falsidades de maneira sucinta, curta e memorável.

4) Eu consigo ver como anarquistas de diferentes estirpes (mas especialmente aqueles contra o legado de Prometeu) podem apreciar algumas das ideias contidas nesse livro.

5) A leitura foi interessante, no geral. Mas não é um livro que recomendo para todos, diferente dos Syllogismes. Isso pode ser devido ao caráter entediante dos temas discutidos, ao quase insuportável tom de convicção com o qual Cioran se expressa, ou às ideias defendidas ao longo dos ensaios.

A minha recomendação pessoal é que o leitor dê uma olhada nos ensaios V e VI; se a leitura tiver sido satisfatória, talvez seja boa ideia dar uma olhada nos ensaios restantes. Quem sabe ele encontre algumas pérolas literárias no caminho.

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