Catherine Z. Elgin

Um bom livro, alternando capítulos pela goodmaniana Elgin e pelo próprio Goodman, com a melhor introdução já escrita ao projeto filosófico de Goodman (cap. 1) e um apanhado geral das motivações ao final (cap. 10), com um delineamento em etapas do abandono da centralidade da noção de verdade, em favor da de correção/adequação, e abandono do projeto do conhecimento ligado à noção de certeza, firmando a alternativa do entendimento e da adoção e aceitação. A necessidade de certeza, aliás, levaria a um elogio do comedimento e da estupidez, ao não considerar que as operações simbólicas não apenas tratam do mundo, mas o constróem, e uma exigência forte demais de saída leva a uma retração frente o ceticismo (cap. 9). Estou sendo muito elogioso, mas o fato é que o resto do livro, embora interessante e cheio de astúcia, acaba passando rápido demais sobre seus assuntos e tendo um caráter de revisitação a temas que já aparecem, mais robustamente, aqui e ali, e principalmente na obra prima do autor (Linguages da Arte) ou no Modos de Fazer Mundos etc. Seu exercício de ordenação de quadros de Picasso é charmoso, a ideia de imagem mental como habilidade resolve bem o problema, dentro de seu pensamento, e a proposta dura de tratar obras literárias como o texto afirma o desenvolvido em LA.… (plus d'informations)

Uma coletânea de bons artigos em torno da filosofia da arte de Goodman, editados por Catherine Elgin, que também escreve uma boa apresentação ao projeto. Muitos deles respondem às ideias ainda frescas do autor, e assim estabelecem com ele trocas interessantes de ideias, como no caso de Wollheim e a ideia de uma ênfase subterrânea no papel do espectador, para Goodman; nas respostas para Wollheim e Beardsley, pontos são esclarecidos, por Goodman (a centralidade da identificação, quanto à determinação da alografia, a diferença entre possuir e efetivamente transmitir, comunicar). No caso de Benjamin Boretz, há uma defesa, datada, mas muito interessante, do formalismo musical, amparada em Quine e no Goodman de The Structure of Appearance, seguida de boa resposta de Goodman. Ademais, textos de Sagoff enfatizando nosso amor pelas obras e não apenas por suas qualidades, e assim discutindo a restauração de obras danificidadas; a colocação de Arrell (aliás, bem próxima de de D'Orey) de que os sintomas do estético podem ser reduzidos à exemplificação; Gombrich e a insistência (correta) em afirmar limites para o relativismo representacional, dado nosso aparato perceptivo; um artigo piada de Nozick, bastante equivocado, mas que tem o mérito de pregar uma peça em Kripke, ao publicar o poema que este fez zoando Goodman.… (plus d'informations)

Douglas Dempster: Journal of Aesthetic Education, Vol. 23, No. 4
Published by: University of Illinois Press
Article DOI: 10.2307/3333039
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/3333039

Harvey Siegel: Philosophy and Phenomenological Research, Vol. 51, No. 3
Published by: International Phenomenological Society
Article DOI: 10.2307/2107897
Stable URL: rel="nofollow" target="_top">http://www.jstor.org/stable/2107897

Jonathan Adler: The Journal of Philosophy, Vol. 87, No. 12
Published by: Journal of Philosophy, Inc.
Article DOI: 10.2307/2026979
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/2026979

Tomas Kulka: Poetics Today, Vol. 10, No. 4
Published by: Duke University Press
Article DOI: 10.2307/1772817
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/1772817

Paul Hernadi: Journal of Aesthetic Education, Vol. 25, No. 1
Published by: University of Illinois Press
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/3333085

Oliver R. Scholz: Synthese, Vol. 95, No. 1
Published by: Springer
Stable URL: http://www.jstor.org/stable/20117761… (plus d'informations)